Copy the page URI to the clipboard
Angermuller, Johannes
(2019).
URL: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php...
Abstract
Os filósofos gostam de lidar com problemas teóricos e conceituais. No entanto, ao entrar no debate filosófico, eles utilizam a linguagem também para fins sociais. Em outras palavras, a filosofia deve ser vista como um discurso no qual os filósofos se posicionam e se categorizam uns aos outros como membros de uma comunidade. Para ilustrar o que significa participar do discurso filosófico considerado como prática social, observarei uma controvérsia entre Jacques Derrida e Michel Foucault. Em uma troca teórica sobre a maneira pela qual devemos entender a filosofia de Descartes em relação ao seu tempo, eles se dirigem um ao outro de maneira particular, precisamente como “discípulo” e como “mestre”, como “filósofo” ou “não-filósofo”... através da encenação de relações intelectuais. A análise revela, assim, as dimensões sociais de sua controvérsia, enfatizando o papel de suas posições de sujeito na comunidade intelectual parisiense dos anos 1960 e 1970.
Philosophers like to deal with theoretical and conceptual problems. Yet by entering the philosophical debate, they also use language for social purposes. Philosophy, in other words, needs to be seen as a discourse where philosophers position and categorise each other as members of a community. To flesh out what it means to participate in philosophical discourse as a social practice, I will have a closer look at a controversy between Jacques Derrida and Michel Foucault. In a theoretical exchange over how to understand Descartes’s philosophy in his time, both address each other in specific ways, namely as “disciple” and “teacher”, as “philosopher” or not... within a scene of intellectual relationships. Hence, the contribution reveals the social dimensions of their controversy by pointing out the role of their subject positions in the Parisian intellectual community of the 1960s and 1970s